A Geração Distribuída (GD) de energia pode trazer mais estabilidade para a rede elétrica, evitando a sobrecarga do Sistema Interligado Nacional (SIN). Por isso, os investimentos em fontes alternativas como a energia solar e a eólica são fundamentais para descentralizar a geração de energia elétrica.
Com um imenso potencial para a produção de energias renováveis, o Brasil vem ampliando de forma contínua o volume de sistemas de Geração Distribuída em operação e, consequentemente, a sua potência instalada.
Vale lembrar que são muitos os benefícios que a Geração Distribuída apresenta ao consumidor, que não fica totalmente refém das concessionárias de energia que atuam no mercado regulado. Achou interessante? Então, acompanhe o texto e conheça um pouco mais sobre o tema.
O que é Geração Distribuída
A Geração Distribuída (GD) é uma modalidade de geração de energia elétrica na qual a energia é produzida no próprio local de consumo ou próximo a ele, de forma descentralizada.
Em resumo, é a geração feita a partir de sistemas independentes como os instalados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, a partir de diferentes fontes, como a solar, a eólica, hídrica ou biomassa. Além disso, a GD abrange os sistemas de microgeração e minigeração (até 5 Megawatts).
No Brasil, a Geração Distribuída de energia está regulamentada desde 2012 com a Resolução Normativa 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Desde então, a legislação vem sendo continuamente revisada, com o intuito de garantir que qualquer pessoa possa gerar a sua própria energia a partir de fontes renováveis e fornecer o excedente para a rede de distribuição da concessionária que atua em sua região, para futura compensação do consumo.
Geração Distribuída Solar no Brasil
Os sistemas fotovoltaicos representam 99% de toda a Geração Distribuída do Brasil, segundo informações da Aneel e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A potência instalada da energia solar atingiu 43 Gigawatts (GW) em junho, com mais da metade (29,3 GW) proveniente de sistemas de GD e 13,9 GW provenientes de Geração Centralizada.
Na Geração Distribuída, mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos estão ligados à rede em todo o país. Destes, 79% estão em imóveis residenciais. Em seguida, os sistemas instalados no comércio e serviços, que representam 10,4%, e nas propriedades rurais são 8,6%, conforme dados da Absolar.
Os estados que lideram a GD Solar no Brasil são:
– São Paulo, com 4.096 Megawatts (MW) de potência instalada;
– Minas Gerais – 3.885 MW;
– Rio Grande do Sul – 2.804 MW;
– Paraná – 2.715 MW;
– Mato Grosso – 1.838 MW
Benefícios da Geração Distribuída para o consumidor
Muitos consumidores já perceberam as vantagens da energia solar e estão investindo em sistemas próprios de Geração Distribuída. Além dos benefícios econômicos, como a diminuição dos custos com eletricidade, a energia solar é ambientalmente sustentável. Ela também reduz a dependência do consumidor das operadoras que atuam no mercado regulado.
Assim, como o consumidor produz a sua própria energia, ele não será totalmente impactado em casos de desabastecimento (ainda que momentâneo) ou apagões devido a eventos climáticos.
Importante destacar que vivemos em uma sociedade altamente dependente da eletricidade e cada vez mais conectada a diferentes equipamentos tecnológicos. E com o aumento da demanda por energia elétrica, a GD ajuda a aliviar a carga do SIN, enviando mais energia para a rede elétrica.
Em conclusão, o investimento em Geração Distribuída traz inúmeros benefícios para o consumidor e para a economia como um todo. Ele fortalece o sistema elétrico brasileiro e contribui para a transição energética, buscando uma geração de energia ambientalmente sustentável.